Escola bilíngue une tecnologia e aprendizagem criativa em Cuiabá
Rede possui salas equipadas pela Google, aulas de robótica e programação, além de laboratórios com impressoras 3D para construção de protótipos criados pelos alunos
Com quase 15 anos de história em Cuiabá, o Grupo de Ensino Toque de Mãe tem ampliado seu atendimento escolar, atuando hoje nos ensinos infantil, fundamental 1 e fundamental 2, distribuídos nas escolas Toque de Mãe e Colégio UNICUS. Após a experiência em ofertar ensino infantil diferenciado, surgiu a demanda pelos ciclos finais. Assim, o UNICUS manteve a continuidade da qualidade ofertada na educação infantil, com ainda mais recursos e visão apurada de aprendizagem colaborativa.

Se há problemas com aprendizado das crianças por conta de jogos, computador ou celular, a UNICUS usa a tecnologia a favor do aluno. A escola conta com salas equipadas em parceria com a Google e possibilita o intercâmbio com escolas de diferentes países através de videoconferências.
Vale ressaltar, no entanto, que todo aparato tecnológico não exime o aluno de colocar a “mão na massa”. Pelo contrário, revela a essência do saber tecnológico.
“O viés da UNICUS, que, em latim, significa ‘casa de criança’, parte do movimento maker de construção e ludicidade, e isso é atemporal. Com o passar dos anos, agregamos mais ferramentas que não nos deixaram perder esse olhar”, disse a coordenadora pedagógica de Cuiabá, Daniele Stefanini.
Escola bilíngue e ensino único
Visando a promover maior interação dos estudantes, a escola possui uma organização nas salas de aula em diferentes modelagens. As mesas e cadeiras são dispostas em círculos, formato U, duplas ou grupos, e as turmas não passam de 20 alunos, o que possibilita trabalhar de forma cooperativa.
“A opção por um ensino intimista, combinada com o que é proposto pelo ensino globalizado, aumenta o nível de produtividade da criança e sentimento de pertencimento”, observou Daniele Stefanini.
Das 35 aulas semanais, 10 aulas contemplam uma segunda língua. “Não só ensinamos, mas trabalhamos com sistema de imersão em todas as séries e espaços da escola”, contou a coordenadora.
Além das disciplinas regulares, distribuídas em seis aulas diárias e um dia de período estendido, a escola também oferece atividades extracurriculares como balé, pilates, judô, futebol, natação, basebol, robótica, criação de games, clube de leitura e até acompanhamento de tarefas.

Segundo a coordenadora, 80% dos alunos optam pelas atividades. Um dos destaque é o projeto de leitura, que proporciona aos alunos a incrível experiência de lançarem o seu próprio livro com ilustrações e histórias, desenhados e escritos por eles à mão e diagramados na plataforma digital – inclusive a biografia do pequeno, escrita pelos pais. As obras são impressas para lançamento com direito a noite de autógrafos.
Sustentabilidade e Educação Ambiental
Como única escola certificada e chancelada pela UNESCO em Cuiabá, a UNICUS tem como compromisso o desenvolvimento de um cidadão consciente de conservação do seu meio ambiente.
Dentre os projetos desenvolvidos de maneira permanente na escola, os quais biólogas do time cuidam diretamente e promovem junto aos estudantes a exploração dos conteúdos, a instituição tem minhocário, composteira, homebiogás (biodigestor que usa sobras orgânicas para produção de gás de cozinha e biofertilizante), além de conscientização sobre coleta seletiva, economia de recursos naturais e cuidados com fauna e flora.
“Um estudante do nosso grupo escolar tem em seu DNA o amor pela natureza, assim como a consciência de atitudes que podem contribuir para o futuro do planeta”, afirma Márcia Pedr’Angelo, diretora pedagógica.

Aplicativos educacionais: aprender jogando
Outra importante ferramenta disponibilizada aos estudantes são os aplicativos e jogos voltados para a educação, que ensinam matemática, reforço da gramática, dentre outros conteúdos, através da gamificação (jogos digitais, com metas e rotas pedagógicas).
Segundo a coordenadora pedagógica Daniele, os espaços tecnológicos e plataformas digitais da UNICUS não são apenas acessórios, mas ferramentas essenciais para o cotidiano escolar.
Com a plataforma, jogar, se divertir e aprender estão dentro da mesma equação pedagógica. Nela, o aluno recebe “missões” – tarefas online voltadas para o trabalho da lógica – em sala de aula e em casa. Tudo monitorado, registrado e relatado aos pais.
“A professora vai dar a base teórica do conteúdo e usar recursos concretos para a fixação em ambiente escolar. Porém, quando ela manda uma gameficação, a educadora pode personificar as atividades para a criança, que terá jogos direcionados ao assunto que está aprendendo”, ressaltou a pedagoga.

Metodologia Ativa
Exclusivamente através da agenda virtual, os pais dos alunos têm acesso aos conteúdos de aula e serviços da escola, acompanham o cardápio, registram recados em agenda e até recebem fotos dos filhos em atividade. Mas a coordenadora garante: “Não há dificuldade de adaptação dos pais a essa tecnologia, porque trabalhamos com afeto e acolhimento”.
As salas Google e o livro digital possibilitam, ainda, a imersão dos alunos em pesquisas.
“Por exemplo, fizemos uma aula de campo sobre o aniversário de Cuiabá, mas em todos os espaços que visitamos presencialmente, eles já conheciam através do Google Maps, porque fizeram todo o percurso de forma digital através do uso de óculos de realidade virtual. Eles aprenderam que podem se localizar no espaço e saber que podem conhecer lugares do outro lado do planeta através de uma ferramenta”, contou Daniele.

Segundo ela, a metodologia não só amplia as fontes de conhecimento e empodera o aluno, como subverte padrões de ensino hierárquicos, propondo uma metodologia ativa.
“A nossa tecnologia não substitui o professor, jamais. Mas, diferente do que foi passado para nós, o professor não detém o conhecimento, ele é meio para que o conhecimento aconteça. Quando você instiga a criança a questionar, pesquisar e buscar ferramentas, você tira ela da zona de conforto e o conhecimento se amplia. Em nosso caso, em duas vertentes: português e inglês”, finalizou a coordenadora.
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Arraiá solidário: alunos de duas escolas arrecadam 16 toneladas de alimentos
Doações foram distribuídas em 12 pontos, para famílias carentes, no último sábado (26).
O “arraiá” dos alunos do Colégio Unicus e da escola Toque de Mãe foi um tanto diferente neste ano. Eles aproveitaram a data para arrecadar mais de 16 toneladas de alimentos e itens de higiene pessoal. Os produtos foram distribuídos a famílias carentes.
Crianças do berçário e do ensino fundamental ajudaram na montagem das cestas básicas e ainda escreveram cartas e fizeram um desenho para serem colocados nas doações.
A ideia foi lançada pela equipe de coordenação de ambas escolas.
“Buscamos trazer um sentido, através de temáticas que giram em torno dos princípios de solidariedade da UNESCO. Propomos às famílias, então, que neste ano – como não puderam estar presentes no evento junino, uma vez que a comemoração será interna – encontrássemos uma outra forma de se fazer presente e ajudar ao próximo”, diz Márcia Pedr’Angelo, diretora das duas escolas.
No total, o esforço das famílias e dos alunos rendeu 16.495 quilos de alimentos e 5,5 mil itens de higiene. As cestas foram distribuídas em 12 locais de extrema necessidade.
“É uma forma de ensinarmos, através de exemplo, às nossas crianças que há uma população que sofreu emocionalmente e economicamente com a pandemia e que ajudá-los pode fazer toda diferença em nosso futuro global. Todos os doadores ganharam uma medalha simbólica de cidadão global”, completa a diretora.
A etapa de arrecadação durou cinco dias. Ao longo do processo, as crianças se envolveram ativamente na organização das doações.
“O processo de ensino e aprendizagem não deve se restringir apenas aos conteúdos curriculares. Nosso papel de educadores vai muito além”, lembra Daniele Stefanini, coordenadora pedagógica do Colégio Unicus.
“A emoção em cada etapa, o significado de cada ação fez com que toda nossa comunidade escolar se sentisse pertencente a algo muito maior. Essa experiência ficará registrada para toda vida”, ela completa.
As doações dos alunos foram distribuídas nos seguintes pontos:
- Aterro sanitário,
- Cooperativa de reciclagem,
- Comunidade Souza Lima (Várzea Grande),
- Obras Sociais Irmão Praeiro,
- Flauta Mágica,
- Casa transitória Tenda de Abraão,
- Casa transitória Irmã Dulce,
- Obras sociais Seara de Luz,
- Casa do Imigrante,
- Albergue Estrela Dalva,
- Famílias de rua,
- Pastoral da Igreja Católica do CPA 1.
“Construímos diariamente uma escola que auxilie cada criança a se tornar um ser humano melhor, com valores e uma visão global da vida. Agimos localmente para impactar globalmente. Ao realizar uma ação como essa, nos sentimos conectados ao nosso papel de educador”, finaliza a coordenadora.
Fonte: O Livre
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Como serão os protocolos para a volta do funcionamento escolar?
Estamos vivendo uma fase da pandemia no Brasil, na qual várias regiões do país já começaram a retornar às suas atividades comerciais, sociais e até educacionais. Neste contexto, muitas famílias passam então a se preocupar com a volta às aulas e quais os protocolos adotados pelas instituições para garantir a segurança aos seus filhos.
Ainda há muitas dúvidas com relação às garantias quanto a prevenção do Covid em ambientes frequentados por crianças. No entanto, estudos recentes, como da Universidade de Oxford no Reino Unido, Instituto Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro e Universidade de Tel Aviv em Israel, mostram que infantes menores de 12 anos de idade são os menos afetados pelo coronavírus, tendo a gripe comum, por exemplo, índices muito mais elevados de gravidade e mortalidade para a referida faixa etária. Porém, os cuidados, como uso de máscara, lavagem das mãos e distanciamento, são de extrema importância, pois apesar de não apresentarem grandes manifestações da doença, transmitem o vírus as pessoas do convívio quando em contato direto. Baseado na análise de dados reais e nos estudos, que vem avançando cada vez mais neste quesito, muitos países adotaram o retorno das atividades escolares e iniciaram a criação dos protocolos e recomendações indicadas para esse momento.
De maneira unânime há o consenso de que os alunos devem retornar de forma gradativa, sendo escalonados em pequenos grupos, a fim de que parte da instrução pedagógica ocorra na escola e parte dela permaneça acontecendo em casa. Outro ponto de consenso é sobre o fato de transmitir, através das medidas adotadas, segurança aos familiares com os cuidados realizados no ambiente escolar, visando promover o distanciamento entre as crianças, zelo com relação a higiene, rotina estruturada para garantia de saúde aos professores e demais colaboradores, e práticas educacionais que sejam afetivas e de retomada emocional a todos os envolvidos.
Sendo assim, há alguns pontos que merecem destaque e precisam estar bem estruturados no guia de condução desta nova rotina. Dentre eles:

– Protocolo de triagem na entrada da escola, com uso de termômetro, tapetes de higienização dos pés, limpeza das mãos e dos pertences trazidos;
– Protocolo de afastamento social, nos diversos espaços de circulação da escola (banheiro, quadra, áreas externas, etc.) uma vez que os estudantes não ficarão durante todo tempo em sala de aula sentados em suas carteiras com distanciamento previamente marcado de 1,5m.

– Protocolo de conduta do colaborador, que além de passar por toda triagem, assim como os estudantes, devem ter medidas ainda mais rigorosas de controle do seu histórico e rotina dentro e fora da escola;
– Protocolo de limpeza e desinfecção dos espaços, baseado nas recomendações da OMS, assim como no parecer de profissionais desta área específica de higiene;
– Protocolo de visita ou encontro com pais da escola, assim como para novas matrículas, pois não é permitido, em nenhuma hipótese, a circulação de pessoas, além das crianças e colaboradores diretamente ligados ao ensino, dentro do perímetro escolar em horário de aula.

Portanto, entendendo que diversos setores iniciaram essa retomada e compreendendo o quanto a instrução pedagógica presencial poderá contribuir para minimizar os impactos emocionais, físicos e cognitivos causados às crianças nesta fase de isolamento social, devemos buscar a escola e abrir o diálogo para compreender o que já foi feito e qual o planejamento para a volta deste convívio infantil.

Lembre-se que, quando acontecer essa liberação pelos órgãos competentes, permanecerá ainda a possibilidade do ensino 100% online, no entanto é de extrema valia ressaltar o quanto o aluno será beneficiado em voltar a ter uma rotina de encontros com o seu meio, uma vez que o seu papel na sociedade é ser estudante, sendo essa a única responsabilidade a ser cumprida por um menor durante a infância. Em contrapartida, é essencial que os familiares tenham a consciência de que pessoas do grupo de risco, como idosos (avós) ou com doenças pré-existentes não devem entrar em contato com as crianças, nem mesmo levá-los e buscá-los na escola.
Neste período de pandemia, atenção aos detalhes faz toda diferença, temos aprendido que amar é instruir, acreditar e apoiar aqueles que respeitamos e queremos ver sendo felizes.
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Educação Ambiental – Prática necessária para a Geração Alpha
Nesses dias de extremo calor em nossa cidade, deveríamos fazer um exercício de reflexão sobre o que o clima reserva para daqui 10 ou 15 anos, quando as crianças de hoje estiverem adultas e administrando suas casas, veículos automobilísticos, empresas e toda rotina que envolve a fase madura da vida.
As práticas educacionais que realizam hoje farão toda diferença para a qualidade de vida dessa geração e das futuras. Porém, só farão escolhas sustentáveis e “environment friendly” caso conheçam sobre essa vertente e sejam profundamente impactados pelos benefícios e também pelas consequências.

Neste período de queimadas e extrema seca em nosso Pantanal, temos visto diariamente nos noticiários a morte e destruição do nosso bioma, questões que podem gerar uma situação ambiental insustentável em pouquíssimo tempo. Pensando localmente, soluções que agridam cada vez menos o meio ambiente são boas alternativas de contribuição.
Algumas dessas vivências podem e devem ser assuntos praticados ao longo do desenvolvimento infantil, na escola e no lar, trazendo uma familiarização e sensibilização a essa temática.

O reaproveitamento do lixo e a coleta seletiva são cuidados que devem ser inseridos no cotidiano infantil, demonstrando a criança a forma correta de descarte de plásticos, vidros, óleos, além da reutilização do lixo orgânico como adubo, em composteiras ou ainda como fonte de energia através da geração de gases não poluentes que substituam o GLP (gás liquefeito de petróleo). Uma alternativa para a transformação do composto orgânico em gás de cozinha é o homebiogas, produto israelense que já está presente em escolas da nossa cidade e serve de objeto de estudo e de conscientização para as crianças.
O cuidado com o solo, de onde provêm todos os nutrientes para os alimentos que chegam à nossa mesa, é fundamental. Uma das formas de demonstração educacional é através do minhocário, o qual permite que a criança acompanhe de perto e saiba diferenciar a qualidade de um terreno rico em minerais, além de contribuir com a redução do lixo orgânico e redução de gases do efeito estufa.

Outra maneira de educar, é ensinar através do cultivo de plantas ou hortas, onde acompanham o ciclo natural da vegetação, criando deste modo a conscientização da necessidade de água, luz e ar puro para o crescimento saudável dos nossos alimentos.
O ciclo da água também é de extrema importância, pois é através dela que garantimos nossa sobrevivência, desta forma, fazer a reutilização da água (captada do ar condicionado, das pias de lavagem das mãos e da piscina) demonstra o valor deste recurso natural no meio ambiente.

O uso de telhas ecológicas na cobertura das escolas trazem um maior conforto térmico para o clima local e reforça na criança a possibilidade de escolhas sustentáveis nas edificações. A colocação de placas solares como fonte de energia elétrica, que produz energia limpa, sem consequências ou degradação ao ambiente, é outra forma de garantirmos o engajamento e comprometimento com o universo o qual estão inseridos.
Ou seja, crianças que são educadas no meio de práticas educacionais sustentáveis terão no futuro um leque de opções e desejos pautados pelo amor a natureza com uma visão humanista, fazendo escolhas futuras pensadas em como proteger os recursos naturais. Dentre alguns exemplos prováveis de comportamentos a longo prazo dessa geração, destaco a utilização de carros elétricos ou ainda o conceito de “carona paga” através de aplicativos de automóveis evitando ou diminuindo gases poluentes, uso de energias naturais como fonte de abastecimento elétrico, uso de embalagens reutilizáveis ao invés do plástico, e muitas outras opções ecologicamente assertivas. Além disso, em situações como essa vivida no bioma pantaneiro, terão sensibilidade para contribuir e assim reduzir os impactos causados por essa degradação.

Todo empenho realizado agora através das escolhas feitas pelos pais e responsáveis, em casa e na escola dos filhos, promoverá crianças e adolescentes educados e preparados para terem sempre em mente atender as necessidades humanas e, ao mesmo tempo, preservar o planeta.
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